Rio - O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) pediu a prisão temporária dos cinco policiais civis que estão sendo investigados por suspeita de torturar um funcionário de um ferro-velho. O pedido seria para permitir a apuração dos fatos e garantir que os envolvidos estejam a disposição da Justiça.
Na semana passada, a chefe de Polícia Civil, delegada Martha Rocha, decidiu afastar os policiais e o delegado titular, José Pires Lage, da unidade. Em seu lugar assumiu Rodrigo Oliveira, homem de confiança do ex-chefe de Polícia Civil, Allan Turnowski, e que deixou a cúpula da instituição assim que Martha Rocha assumiu o comando.
O crime teria ocorrido em 25 de março. Um funcionário de um ferro-velho em Araruama, na Região dos Lagos, afirma ter sido torturado quando os policiais o pressionavam a identificar dois homens como fornecedores de peças de carros roubados para o estabelecimento em que trabalha.
A própria vítima foi quem fez a denúncia à Corregedoria da Polícia Civil. Um exame de corpo de delito mostrou que ele sofreu agressões nos órgãos sexuais e uma lesão na mão. Na 10ª DP, foram apreendidos três alicates e enviados ao Instituto Médico Legal (IML) para verificar se havia partes orgânicas nos instrumentos.
A vítima afirma o envolvimento de três policiais na agressão e de mais três em omissão, pois nada fizeram para evitar o crime. Apenas cinco dos suspeitos foram identificados pelo homem. Um dos agentes não estava de plantão na delegacia no dia do crime e foi chamado para depor para verificar o seu possível envolvimento na tortura.
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