A denúncia de tortura e prática de “empalamento” (ou estaqueamento quando a vítima tem uma estaca atravessada no corpo) feita no preso, quando estava custodiado na Delegacia do Marco foi formalizado à Justiça pelo advogado Possidonio da Costa Neto. A tortura teria ocorrido após a prisão de suspeitos de integrar uma quadrilha que assalta embarcações (os piratas de rios), no último dia 18 de março. No momento da prisão houve troca de tiros com a equipe de políciais, chefiada pelo delegado Eder Mauro Barra, resultando na morte de um policial de um lado e de um integrante do bando. Os quatro capturados e presos foram levados para a Delegacia do Marco, onde um deles, Sebastião Mendes teria sofrido tortura e violência sexual (com um cabo de vassoura).
Logo que o juiz tomou conhecimento do ocorrido, através do advogado do preso, determinou a transferência imediata para uma das casas penais da Superintendência do Sistema Penal. Na ordem de transferência o juiz determinou, ainda, para que a Susipe providenciasse perícias de corpo de delito e da violência sexual. Laudos expedidos pelo Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, datados do último dia 06/04, dão conta que o preso relatou ao perito, que fora vítima de agressão física e violência sexual com um cabo de vassoura por policiais da Rotam. Na perícia consta “presença de hiperemia na região perianal”, e “ânus com tônus e pregueamento habituais diminuídos”. (Texto Glória Lima).
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